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Reportagem

Texto sobre palestra, da Rita (6ºA) e da Eduarda (6ºC).
A palestra com Joaquim Furtado [sobre “A Guerra em África: 1961-9174”]

No dia 29 de Maio de 2009, o jornalista e autor do documentário “A Guerra” [RTP1]****, Joaquim Furtado, foi à escola EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro* que fica em Idanha-a-Nova. O jornalista deu duas sessões, a primeira para os nonos anos e secundário e a segunda foi para os sextos, mas houve uma turma do oitavo ano que acabou por assistir. As palestras foram sobre a “Guerra Colonial”****. A palestra foi organizada pelo professor Luís Norberto Lourenço (professor de História e Geografia de Portugal) e assistiram também as professoras Elisabete Cristóvão e Helena Lopes.
Eu assisti à segunda sessão. Nesta sessão estavam duas testemunhas da guerra: um antigo militar (combatente português na Guiné-Bissau) e um civil, a D. Ana Paula que foi vítima da guerra, em Angola.
Pelo que alguns alunos do 9.º A dizem, houve uma aluna, a Ana Rita Gil, que deu o seu testemunho, porque o seu tio morreu naquela guerra.
O jornalista começou por perguntar o que é que os alunos sabiam sobre a guerra. Alguns responderam, outros não. Depois o Joaquim Furtado fez uma pergunta à qual iria responder e começar a história, a pergunta foi: “Porque é que a guerra começou?”. Começou a dar o seu testemunho e quando acabou de contar o que sabia houve um militar que contou o que realmente se tinha passado. Contou sobre o quanto sofriam os militares e as outras pessoas, que havia muita gente que era obrigada a ir para a guerra.
Depois tivemos o testemunho de uma senhora [Ana Paula] que perdeu a mãe na guerra. Os militares [guerrilheiros da UPA/FNLA]* entraram-lhe pela casa dentro e deram um tiro na mãe. (Notava-se que ainda não tinha recuperado muito).
E foi basicamente isto que se passou.
Eu gostei da palestra e achei interessante, aprendi algumas coisas (muitas).

Por: Eduarda Mateus, n.º 5, 6.º C

Na passada sexta-feira (dia 29 de Maio), veio à escola para dar uma palestra sobre a guerra colonial um jornalista [da RTP] chamado Joaquim Furtado (pai da famosa Catarina Furtado).
Estarão certamente a pensar porque foi este o jornalista escolhido para falar abertamente sobre este assunto e, eu dou-vos a resposta: este jornalista escreveu um documentário e já fez muitas entrevistas sobre este tema e aceitou o convite que a nossa escola lhe propôs.
Além deste senhor, vieram mais pessoas para testemunhar a sua presença nesta guerra. Entre todas elas (as testemunhas), houve uma que me chamou mais a atenção. Foi uma senhora que nos contou como ela viveu a guerra quando tinha apenas 4 anos. Contou-nos que um certo dia, uns homens [guerrilheiros da UPA/FNLA] entraram-lhe em casa, mataram-lhe mãe e raptaram-na a ela e à sua irmã. Esses homens trataram delas e quando chegou a altura, libertaram-nas.
Uma outra história que também foi bastante interessante foi a dum senhor que nos contou como foi viver a guerra sendo-se soldado a combater na Guiné.
O tema desta palestra foi a guerra colonial, como já referi, por isso, falámos de todos os assuntos que estavam relacionados com este tema, como por exemplo, quem começou a guerra, como acabou…
Uma coisa que não posso deixar de referir é que todos os jovens, quando completassem 18 anos, eram obrigados a ir combater para a guerra.
Para finalizar este texto, falta-me referir que esta guerra começou em 1961 e acabou em 1974, ou seja, durou 13 anos, o que foi um grande sofrimento para todas as populações que tinham família a combater em África.
Espero que tenham gostado do texto, e até para a próxima!

Por: Rita Baptista, n.º 16, 6.º A

Sugestão de hiperligações:
***http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_Nacional_de_Libertação_de_Angola
****http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=162903&visual=3&layout=10
**http://www.guerracolonial.org



















Fotografias desta tarde, da palestra com Joaquim Furtado (RTP) na nossa escola, na sala 3A.
 

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