segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Livros de Camilo Caselo Branco

150 anos da edição do romance do escritor.
DOZE livros de Camilo Castelo Branco, digitalizados a partir de edições que pertencem ao espólio da Biblioteca Nacional, estão a partir de hoje disponíveis no site do Diário de Notícias.
Ilustração de Júlio Pomar
Estas obras podem ser lidas gratuitamente em qualquer computador pessoal que possua o programa Acrobat Reader (ou qualquer outro compatível com este formato) ou num tablet como, por exemplo, um iPad, utilizando para isso a aplicação iBooks. O formato de digitalização que escolhemos permite a pesquisa informática de palavras constantes no texto de Camilo mas apresenta ao leitor um facsimile de cada uma das páginas do original impresso. Esta solução contorna inevitáveis erros que o simples reconhecimento automático de caracteres iria provocar, garantindo-se assim a visualização correta da ortografia da época e o aspeto geral da tipografia da obra. Este trabalho da Biblioteca Nacional para o Diário de Notícias associa-se à semana promovida no Centro Cultural de Belém em torno dos 150 anos do "Amor de Perdição".
A programação de outras iniciativas, algumas com transmissão em direto nos sites do DN e do CCB, podem ser lidas clicando aqui.
(Ao clicar nos títulos abaixo irá abrir o livro automaticamente. Para o descarregar para o seu computador, utilize a função "Gravar" do Acrobat Reader ou clique com o botão direito do rato no link e escolha a opção "Guardar ligação...")
- A Brazileira de Prazins
- A Morgada de Romariz
- A Sereia
- A Viúva do Enforcado
- Amor de Perdição
- Amor de Salvação
- Aventuras de Bazílio Fernandes Enxertado
- Gracejos que Matam
- Lucta de Gigantes
- Maria Moysés
- O Esqueleto
- Sentimentalismo e Historia

Manuel António Pina

Manuel António Pina
(18 de Novembro de 1943 - 19 de Outubro de 2012)
Morreu, no Porto, o poeta Manuel António Pina, 68 anos, Prémio Camões 2011.
 

 A sua obra poética está reunida no volume Todas as Palavras (2012), editado pela Assírio & Alvim. Além de poeta, é um consagrado autor de literatura infanto-juvenil. Foi, durante mais de 30 anos, colunista do Jornal de Notícias.
A melhor homenagem que se pode fazer a um poeta é: lê-lo.
 

 Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
 
...

 A morte e a vida morrem
e sob a sua eternidade fica
só a memória do esquecimento de tudo;
também o silêncio de aquele que fala se calará.

Quem fala de estas
coisas e de falar de elas
foge para o puro esquecimento
fora da cabeça e de si.

O que existe falta
sob a eternidade;
saber é esquecer, e
esta é a sabedoria e o esquecimento.

Manuel António Pina, in "Aquele que Quer Morrer"

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DN lança a coleção “Contos Digitais de Autores Portugueses”

O jornal Diário de Notícias iniciou hoje a publicação da coleção ” Contos Digitais de Autores Portugueses”, um conjunto de 31 histórias curtas em suporte ebook, de alguns dos mais conceituados autores portugueses da actualidade. O título hoje disponibilizado é A Musa Irrequieta de Pedro Paixão.
Os contos são totalmente originais, à exceção de quatro – e mesmo assim dois destes foram rescritos propositadamente para a acção.
O projecto foi concebido de raiz pela ESCRIT’ORIO editora para o Diário de Notícias, que disponibiliza os 31 contos de forma totalmente gratuita, todas as quartas e sábados, através do seu site, mais propriamente através da Biblioteca Digital DN, que acaba de ser inaugurada com esta acção.
Esta iniciativa pretende fazer chegar ao maior número de leitores possível a escrita de alguns dos maiores autores portugueses, num formato que pouco espaço tem nos suportes e circuitos tradicionais: o Conto.
Basta inscreverem-se em http://www.dn.pt/Especiais/bibliotecadigital.aspx e fazer o download dos textos num dos três formatos disponíveis: epub, mobi e pdf. Os ebooks poderão ser lidos em tablets, ereaders, smartphones e PCs.
Os autores , por ordem de saída dos contos, são:
Pedro Paixão | João Tordo | Rui Zink | Luísa Costa Gomes | Eduardo Madeira | Inês Pedrosa / Afonso Cruz | Gonçalo M. Tavares | Manuel Jorge Marmelo | Mário de Carvalho / Dulce Maria Cardoso | Pedro Mexia | Fernando Alvim | Possidónio Cachapa | David Machado | JP Simões | Rui Cardoso Martins | Nuno Markl | João Barreiros | Raquel Ochoa | João Bonifácio | David Soares | Pedro Santo | Onésimo Teotónio Almeida | Mário Zambujal | Manuel João Vieira / Patrícia Portela | Nuno Costa Santos | Ricardo Adolfo | Lídia Jorge | Sérgio Godinho.

Herman Melville” – Google Doodle Comemora o Aniversário de 161 anos de “Moby Dick”

Nesta quinta-feira, dia 18 de outubro, o Google lançou mais um Doodle Comemorativo. Desta vez, a homenagem é para o escritor Herman Melville.

Herman Melville nasceu no dia 1º de agosto de 1819, na cidade de Nova Iorque (EUA). Ele foi um importante poeta, escritor e ensaísta norte-americano.
A principal obra produzida por Herman Melville foi “Moby Dick”, livro que hoje está completando 161 anos. O livro foi lançado no ano de 1851 e faz sucesso até hoje. Apesar da obra ser bastante famosa nos dias de hoje, na época ela foi a principal responsável pelo declínio do escritor, isso porque o livro, que era dividido em 3 volumes e se chamava “A Baleia”, acabou sendo bastante bastante criticado.
A história de Moby Dick ganhou dois filmes e uma série animada. O primeiro filme foi produzido no ano de 1956 e tinha Gregory Peck no papel principal. Já o segundo filme foi produzido no ano de 1998 e tinha Patrick Stewart no papel principal. Por fim, a série animada foi produzida pela Hannah Barbera e estreou no ano de 1967.
Além de Moby Dick, Melville foi autor de vários romances e contos. Entre eles podemos citar: “Typee”, “Mardi”, “Omoo”, “White Jacket”, “Redburn”, “Isle of the Cross”, “Pierre”, “Israel Potter”, “The Confidence Man” e “Billy Budd” (romance inédito que foi descoberto após a morte do autor).
Herman Melville faleceu no dia 28 de setembro de 1891, aos 72 anos, em Nova Iorque (EUA).
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Bibliotecas escolares: uma chave para o passado, presente e futuro.

Bibliotecas escolares: uma chave para o passado, presente e futuro.

Mais um cartaz para comemorar o nosso mês, da autoria da nossa professora Maria João Rocha, membro da equipa da BECRE.Gostamos!
Ao longo do mês haverá sessões de formação dos nossos utilizadores mais novos e um bibliopaper.
 
Uma chave para o passado, porque sem memória e transmissão do conhecimento seria impossível receber a herança e património de saberes, que hoje nos identifica a todos; uma chave para o presente, porque só através do domínio da informação e gestão do conhecimento, que configuram a nossa era, podemos dar continuidade a esse legado, enriquecê-lo e projetá-lo no tempo; uma chave para o futuro, porque este dependerá sempre da ação, expectativas e capacidade de gerir as mudanças com que o desejamos tecer.
As bibliotecas são uma das criações humanas que melhor cumprem este desígnio, de perpetuar, gerar e promover o conhecimento, no sentido de uma sociedade mais culta e instruída. A importância particular das bibliotecas no campo educativo faz delas uma das chaves maiores deste desígnio.
Ebooks gratuitos

Byeink: crie, edite e publique os seus próprios ebooks

Como criar um ebook, por Carlos Pinheiro.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

República: No reino da bicharada


sinopse: "Em todos os dias do ano, ao longo dos tempos, aconteceram imensas, imensas coisas. Algumas modificaram o mundo, outras fazem parte da história, da religião, da tradição".
O Livro das Datas assinala a centésima publicação da escritora Luísa Ducla Soares.
Esta obra, como o próprio nome indica, narra pequenas histórias sobre as datas relevantes que decorrem ao longo do ano, explicando o seu significado e a sua origem. O 25 de Abril, o 5 de Outubro, o Dia das Bruxas ou o Dia do Pai são apenas alguns dos exemplos a destacar.
No fim do livro, os leitores têm um espaço próprio para mencionar as datas que, para si, são as mais importantes.

No reino da bicharada

Aquele leão era mesmo convencido.
- Sou o rei dos animais – rugia, sentado no rochedo que lhe servia de trono. E os bichos encolhiam-se porque ele é que mandava naquelas terras como antes tinham mandado o seu pai e o seu avô. O galo deixara de cantar para não o acordar de manhã. A hiena tivera de se tornar vegetariana para o grande senhor dispor de toda a caça. Até o elefante deixara de tomar duche na lagoa, não fosse turvar a água onde o leão se via ao espelho. Já estavam habituados àquela vida. Triste sorte, triste sorte...
Só o pardal não se conformava. De vez em quando batia asas e voava para outras paragens onde os animais eram livres e felizes. Quando voltava, punha-se a perguntar, do alto de uma árvore:
- Porque é que vocês fazem tudo o que manda este leão?
Os bichos abafavam-lhe o pio, cantando em coro:

 Ele é senhor,
E o nosso rei,
Ele é que manda
E faz a lei.
 
Sempre assim foi,
Assim será,
E nada muda
Nem mudará.

- Mas por que razão é rei?
Ninguém sabia responder.
- O leão é o bicho mais velho? – quis saber o pardal.
- Não, eu é que sou a mais velha – confessou desta vez a tartaruga que, nunca gostava de dizer a idade.
- É o que tem a boca maior?
Imediatamente o crocodilo e o hipopótamo escancararam as bocarras.
- É o mais sábio? 
Todos se viraram para o mocho, que passava a vida a estudar e a dar lições.
Pela primeira vez, os bichos começaram a pensar que talvez fosse melhor o leão ser substituído.
-Ele só sabe resolver tudo à dentada – criticou uma zebra.
A águia-real aproveitou para propor:
- Eu substituo bem o leão. Não tenho dentes, podem ter a certeza de que não lhes mordo. Como voo alto posso controlar tudo lá de cima. Os bichos é que não estiveram pelos ajustes:
- Ora, ora, tu resolvias tudo à bicada – exclamou logo o pardal.
- Estamos fartos! Não queremos mais reis!
O leão, furioso, ainda tentou travar a revolução. Mas, quando se preparava para morder, um enxame de abelhas pregou-lhe mil ferroadas na língua. Fugiu dali a sete pés...
Então a bicharada reuniu-se toda à beira da lagoa e proclamou a república. A eleição vai ser amanhã e ninguém vai faltar ao acto eleitoral pois o papagaio não se cansa de repetir:

 Nós somos bichos
Não somos gente
Mas também queremos
Um presidente.
Na nossa terra
Quem mandará?
Todos aqueles
Que vivem cá.

Sejam do mato,
Sejam do ar,
Venham já todos,
Vamos votar!

 
Luísa Ducla Soares
O Livro das Datas

 

 



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dia Internacional da Música

O Dia Internaconal da Música comemora-se anualmente a 1 de Outubro.
A data foi instituída em 1975 pelo International Music Council, uma instituição fundada em 1949 pela UNESCO, que agrega vários organismos e individualidades do mundo da música.
O objetivo da celebração do Dia Internacional da Música é:
  • Promover a arte musical em todos os setores da sociedade;
  • Aplicação dos ideais da UNESCO como a paz e amizade entre as pessoas, evolução das culturas e troca de experiências.
Divulgamos aqui:

Meu Melro, projeto musical de Hugo Correia que aborda textos de autores derenome da literatura portuguesa editou passado Março o disco ‘Vai Pousar OndeQuiseres’ com o apoio Antena 1. Esse disco serve de mote para as apresentações queo autor irá fazer nas escolas, durante este ano letivo de 2012/2013, uma iniciativaque pretende ajudar a promover o gosto pela literatura e pela música.As apresentações podem acontecer em diversos contextos tais como: uma atividadededicada à música e/ou à poesia; no âmbito de uma feira do livro; sensibilizaçãopara a leitura e/ou escrita; consolidação de conteúdos; semanas da leitura; entreoutros. [...]

Ouvir o disco:
http://meumelro.bandcamp.com/album/vai-pousar-onde-quiseres
MEU MELRO
Meu Melro é um projecto musical que nasceu, curiosamente, ‘dentro’ de uma
biblioteca escolar. Quando o seu autor, o professor Hugo Correia, surpreendido
pelas ‘FÁBULAS’ de Henrique O’neill decidiu, em jeito de experiência,
musicar dois desses textos, a ideia surgiu. Criar uma obra inscrita nessa
temática, das fábulas e parábolas.
Meu Melro foi o pseudónimo que decidiu adoptar, recuperando um dito
de cariz popular que está em alguma medida ligada àirreverência da
infância e a uma fase juvenil das nossas vidas, transpondo essa realidade
para o facto de existir neste projeto uma ‘apropriação’ das obras
musicadas.
O conteúdo dos textos é muito demarcado, as mensagens sãofortes e têm
quase sempre o objectivo de transmitir valores.
Além dos textos de O'neill, podem ser ouvidas as palavras de Alexandre Parafita,
Nuno Júdice entre outros:
OS DOIS SUJOS………………………………… Henrique O’neill
CARANGUEJO E O FILHO…………………. Henrique O’neill
O AVESTRUZ………………………………….. Henrique O’neill
EXTREMOS………………………………………. Henrique O’neill
BORBOLETA RECADEIRA…………………. Alexandre Parafita
GATO………………………………………………. Nuno Júdice
O QUE NÃO TE MATA……………………… Provérbios Populares
A ARANHA E O SOL…………………………. Alexandre Parafita
O GRIFO…………………………………………. José Jorge Letria
O FIM…………………………………………….. Mário de Sá Carneiro
CANÇÃO DA FLORESTA………………….. Firmino Mendes

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